domingo, 2 de fevereiro de 2014

sonhos e armários


Esses dias arrumando minhas bagunças no armário, vi minhas pequenas lembranças. Brinquedos velhos, coisas que eu escrevi, sonhos que ficaram guardadinhos, lá na minha infância. Eu era tão bobinha e ingênua, mais acima de tudo, sonhadora. Primeiro sonhei que seria cantora. Lembro-me de quando eu pensava em shows, autógrafos... foi um sonho bom, mais não acho que essa carreira rolaria pra mim. Sério, cara, se eu cantar pra você, tenha certeza, você é especial. 
Depois de um tempinho, eu cresci e decidi que seria professora. Lembro de ter chegado até a dar aulinhas para a minha irmã mais nova, sonhando com o dia que eu estaria dando aula de verdade. Depois de um tempo, eu cresci e aí, vi que isso não era pra mim. Você tem que ter muita paciência, e acredite, paciência não é uma das minha virtudes.
Brinquei muito e já tinha pensado em várias profissões, mais as outras, eu não queria tanto quanto essas duas. E agora, veja só, não quero mais nenhuma dessas. Todos mudamos, crescemos e evoluímos, e de pouquinho em pouquinho, descobrimos quem queremos ser. Eu, me considero no meio do caminho. Tem coisas que eu sou hoje, que eu nunca imaginei que seria. Mais eu sei que eu ainda tenho muita coisa pra descobrir. É estranho pensar em quanto podemos mudar em tão pouco tempo. Por isso, se quer um conselho, se orgulhe sempre do que você já quis ser, e dos seus sonhos mais antigos. Eles mostram o seu interior, e a sua evolução do lado de dentro. Meus sonhos de ser cantora e professora, vão sempre estar no  meio da bagunça do meu armário. Tudo que acontece antes é importante pra formar o que somos hoje. E você? O que você guarda dentro do seu armário?

Ei!! Se chegou até o finalzinho, comente o que achou. Obrigada :) opspat

sábado, 1 de fevereiro de 2014

rua sem saída



Sempre gostei de estrelas. Elas tinham a aparência meio mágica, sabe? Como se elas pudessem nos levar a outros lugares, outros caminhos, outros universos... É incontável a quantidade de sonhos que já deixei nas estrelas. Agora tudo parece tão mais escuro sabe? Como se eu tivesse entrado às duas horas da manhã em uma rua sem saída, escura e vazia. Tudo agora perdeu esse espírito sonhador... Tudo tem esse aspecto sombrio, de uns tempos pra cá. Talvez a vida seja isso. Ter momentos de sonhos é maravilhoso e ótimo. Porém devemos sempre estar preparados para momentos de escuridão. Momentos em que, talvez, você entre em uma rua sem saída. Como na que eu estou agora.

eu, você e as nossas escolhas




Sabe, eu nunca fui aquele tipo de garota que acredita em destino, porém, quando olhei nos olhos dele, eu poderia sim ter acreditado que o destino o colocou no meu caminho e que ele era perfeito pra mim. Porém tinha algum problema entre nós, que deixava tudo complicado. Aliás, havia vários problemas. A gente não concordava, a gente brigava, e a gente se irritava. Porém o problema maior era que misturado com tudo isso a gente se gostava. Quer dizer não acho que “gostar” seja o termo certo para definir nossos sentimentos. Amar. Sim esse é o termo correto. A gente se amava. Amava de um jeito doentio, mais amava. Nós dois, possessivos um pelo outro. O amor tirou completamente nossa razão. Erros cometidos, mal entendidos complicados, atrapalharam a nossa relação. Tivemos muitos motivos para desistir do “nós”, para voltarmos a ser só “eu” e “você”. No final não desistimos. Olha... Eu não acredito em destino. Eu acredito em escolhas. As escolhas que fazemos na vida vão nos levar a lugares inesperados. Uma das escolhas que eu fiz me levou até você. E aí, você se tornou a minha escolha. E eu, me tornei a sua. Se a gente se escolheu, porque não daria certo? E agora, quem sabe quantas escolhas mais nós dois podemos fazer, juntos por aí?

janelas e telefonemas




Pensamentos borbulham pela minha cabeça nessa noite de verão. Eu aqui, olhando pela janela, segurando o colar que você me deu, enquanto pegava na minha mão. Pensei em te ligar, pensei mesmo. Porém você provavelmente não vai me atender. Eu sei, fui uma idiota. Te mandei ficar longe, porque achei que era o melhor, pra nós dois. Então, que porcaria de dor é essa que está aqui dentro do meu peito? Então porque eu sinto essa dor só de imaginar você olhando pra outra garota, do jeito que você olhava pra mim? Ou segurando a mão de outra garota, do jeito que você segurava a minha? Ou beijando outra garota, com aquele seu jeito carinhoso e delicado, do jeito que você me beijava? Ou abraçando outra garota, com aquele abraço que traz um novo tipo de paz, do jeito que você me abraçava? Meu estômago se revira, e a dor me consome, só de pensar na passibilidade de você me esquecer. Eu sinto a sua falta. Mais do que parece e muito mais do que você imagina. Pego um telefone que você não vai poder identificar e ligo no seu número, que eu sei de cor. Escuto o seu “alô” e sinto as lágrimas quentes descendo pela minha face. Desligo e fico pensando de quando ficamos até de manhãzinha, falando que a gente se amava, pelo telefone. E só pra você saber, no caso de ter esquecido... Eu te amo.