Pensamentos borbulham pela minha cabeça nessa
noite de verão. Eu aqui, olhando pela janela, segurando o colar que você me deu,
enquanto pegava na minha mão. Pensei em te ligar, pensei mesmo. Porém você
provavelmente não vai me atender. Eu sei, fui uma idiota. Te mandei ficar
longe, porque achei que era o melhor, pra nós dois. Então, que porcaria de dor
é essa que está aqui dentro do meu peito? Então porque eu sinto essa dor só de
imaginar você olhando pra outra garota, do jeito que você olhava pra mim? Ou segurando
a mão de outra garota, do jeito que você segurava a minha? Ou beijando outra
garota, com aquele seu jeito carinhoso e delicado, do jeito que você me
beijava? Ou abraçando outra garota, com aquele abraço que traz um novo tipo de
paz, do jeito que você me abraçava? Meu estômago se revira, e a dor me consome,
só de pensar na passibilidade de você me esquecer. Eu sinto a sua falta. Mais do
que parece e muito mais do que você imagina. Pego um telefone que você não vai
poder identificar e ligo no seu número, que eu sei de cor. Escuto o seu “alô” e
sinto as lágrimas quentes descendo pela minha face. Desligo e fico pensando de
quando ficamos até de manhãzinha, falando que a gente se amava, pelo telefone. E
só pra você saber, no caso de ter esquecido... Eu te amo.
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